Representação de um sonho para diversas pessoas, morar de frente para o mar pode ser um objetivo para muitas pessoas, mas representa um desafio e tanto para os profissionais que trabalham em erguer os edifícios num ambiente hostil para os materiais utilizados. Mas quais são os reais efeitos que a maresia tem na engenharia?

Toda a estrutura precisa ser pensada para que, do terreno aos revestimentos, os efeitos  do vapor de água salina não sejam tão devastadores. O engenheiro responsável deve se certificar de que o terreno é ideal para a construção do tipo de edifício fazendo um estudo minucioso do solo. Apesar de não ter a ver com a maresia em si, o solo a beira mar pode representar riscos para edifícios altos como ocorreu com os edifícios da orla da cidade de Santos.

A utilização de concreto armado, por exemplo em projetos a beira mar pode ser afetada para que o concreto seja uma proteção às armações de ferro e aço, que sofrem muito da oxidação. Em áreas rurais, por exemplo, uma cobertura de 2,5 cm de concreto sobre a armadura já seria o suficiente. Em áreas com maresia essa cobertura pode facilmente chegar aos 5 cm.

Durante a etapa da construção, boa parte dos cuidados precisam ser tomados pois é nesse momento que os materiais ficam mais expostos e suscetíveis à agressões do ambiente, portanto é importante seguir a norma técnica à risca. Os cuidados durante essa etapa surtem mais efeito a longo prazo, sendo uma prevenção dos problemas antes que se tornem patologias e prejudiquem a estrutura como um todo.

É inclusive normal que, com o tempo, o desgaste seja sentido, portanto, imóveis a beira mar pode contar com um plano de manutenção, avalizado por engenheiros responsáveis que vão garantir a proteção da vida útil das estruturas, evitando manutenções corretivas, que apenas remediam os problemas e, em geral, saem mais caras para os clientes.